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BASQUETE - Ponto de vista

Ponto de Vista de Marco Aga

30/07/2014 11:42 h

         

Tradição e Rivalidade

Encerrada a primeira fase do Campeonato Paulista da Divisão Especial Masculino que classificou Rio Claro Basquete e Inter/FUPES/Santos para disputarem a segunda fase que começa agora em agosto, a Federação Paulista de Basketball (FPB) definiu o regulamento e o sistema de disputa desta nova etapa que contará com a participação de doze equipes. Disputado há anos pelos principais clubes de basquete do Estado de São Paulo, o campeonato paulista sempre foi considerado o melhor e o mais importante estadual promovido em nosso país, não só pelo seu nível técnico, mas também pela quantidade de clubes que participam a cada temporada, comprovando que esta competição continua sendo indispensável para os clubes paulistas. Com muita história, tradição e rivalidade, o campeonato paulista, ao lado do NBB, é uma das principais competições existentes em nosso país. O campeonato da temporada 2014 está sendo disputado por dezessete equipes, sete que disputaram a primeira fase no primeiro semestre e as dez que já estavam pré-classificadas.

Nesta fase serão doze equipes, divididas em dois grupos: Grupo A: Paschoalotto/Bauru, Lins Basquete, Vivo/Franca, Palmeiras/Meltex, Winner/Kabum/Limeira e Mogi das Cruzes/Helbor; Grupo B: Paulistano/Unimed, Rio Claro Basquete, Liga Sorocabana de Basquete, Pinheiros/SKY, São José Basketball/Unimed e Internacional/FUPES/Santos. A primeira rodada será disputada na quinta-feira (07 de agosto) com os seguintes confrontos: Rio Claro x Paulistano, Palmeiras x Bauru, Sorocaba x Pinheiros, Franca x Mogi, Santos x São José e Limeira x Lins. Na teoria, das doze equipes que participam desta fase, sete equipes entram na disputa com possibilidades de conquistarem o título de campeão paulista: Bauru, Franca, Limeira, Mogi das Cruzes, Paulistano, Pinheiros e São José. Mesmo assim, tradicionalmente, Rio Claro, Sorocaba e Palmeiras sempre realizam campanhas de destaque. Após turno e returno dentro de seus respectivos grupos, onde cada equipe jogará apenas dez partidas, os quatro primeiros de cada grupo se classificam para o play-off quartas de final. Antigamente, representando o basquete paulistano tínhamos Sírio, Monte Líbano e Corinthians, atualmente, Pinheiros, Paulistano e Palmeiras representam o basquete da Capital. Pelo Interior, Franca e Rio Claro protagonizaram grandes confrontos, hoje, além dessas cidades, Bauru, Limeira e São José dos Campos estão entre as principais forças do basquete paulista. Nas últimas edições do paulista, o que vem prevalecendo são competições equilibradas, com resultados surpreendentes, partidas equilibradíssimas e uma disputa muito acirrada entre os times participantes, mas na minha humilde opinião, o time de Bauru, dirigido pelo técnico Guerrinha, é o grande favorito a conquistar o título pela segunda vez consecutiva.

Registro mais uma vez que o campeonato paulista sempre é muito bem organizado, com respeito ao regulamento e ao sistema de disputa, comportado no aspecto disciplinar e com um bom nível de arbitragem. Sabemos como é difícil administrar uma competição desta envergadura, uma das mais importantes e uma das mais disputadas do país, mas a Federação Paulista, tão bem dirigida pelo seu presidente Toni Chakmati, sempre procurou realizar um campeonato melhor que o outro, fazendo com que o campeonato paulista promova há décadas jogos emocionantes, confrontos marcantes e disputas históricas em busca do título de campeão paulista. Particularmente, sou um defensor incansável do campeonato paulista, foi aqui que me formei e trabalhei como técnico, primeiro em Casa Branca, depois em Limeira, por cinco anos em Assis e atualmente em Santos. Gostaria de aproveitar este artigo para também deixar registrado que a atual diretoria da Federação Paulista não vem medindo esforços para adequar seu calendário com o da Liga Nacional de Basquete, uma antiga revindicação dos principais clubes do Brasil.

Termino, citando com muita tristeza o falecimento de meu amigo Francisco José Giordan, pai do Fábio (Jarrão), Daniel e Murilo, que sempre foi um apaixonado por basquete. Seus três filhos foram meus jogadores, sendo que o Jarrão e o Murilo fizeram uma bela carreira, representando com muita competência o basquete de Casa Branca. Aliás, o Jordão, como era carinhosamente chamado, nunca mediu esforços em colaborar para que o basquete casa-branquense chegasse a disputar o campeonato paulista e o campeonato nacional, fazendo com que, Casa Branca se tornasse a menor cidade da história do basquete brasileiro em conseguir este feito.


Marco Antonio Aga

Equipe Databasket
databasket@databasket.com

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